Toda profissão tem seus “ossos do ofício”, com os profissionais de TI não é diferente, ainda mais que se trata de um mercado onde o conhecimento técnico-restrito é altamente perecível (linguagem, softwares, ferramentas…).
Somado a isso, o cenário está muito confortável: o mercado está bem aquecido, o que poderia ser uma bela oportunidade para a construção de uma carreira de sucesso, aproveitando para verticalizar as posições. Isso acaba sendo um motivador para trocas sucessivas de empresa, transformando o profissional no que eu chamo de “profissional caranguejo”, aquele que fica construindo sua carreira andando de lado.
É importante chamar a atenção também para o fato de que toda carreira organizacional tem um ciclo com início, meio e fim. Para a área de TI, esse ciclo começa e tende a terminar mais cedo.
É comum encontrar gerentes com menos de 25 anos ou até mesmo diretores com menos de 30. Por outro lado, não é menos comum encontrar pessoas com menos de 45 anos com baixíssimos índices de empregabilidade (baixa capacidade de recolocação).
Por isso, independente da sua segmentação de carreira, incluindo nisso o empreendedor, o profissional de TI necessita, cada vez mais, de uma acelerada capacidade de adaptação à mudanças e de uma elevada capacidade de autodesenvolvimento.
Além disso, para os que almejam posições mais estratégicas ou gerenciais, o mercado de TI é carente de profissionais que tenham maestria na construção,desenvolvimento e liderança de times.
Um dos principais motivos da escassez do perfil ideal do profissional de TI é fato o de ser um perfil difícil de construir, pois exige o desenvolvimento concomitante de competências antagônicas. Um perfil técnico possui muitas características diferentes do perfil estratégico/gerencial.
É mais ou menos como desejar que um extraordinário vendedor seja também um extraordinário planejador, organizado e cauteloso. Esse é um dos principais motivos da necessidade de contar com a ajuda de um profissional em desenvolvimento comportamental e é ai que entra o processo de Coaching.
O Coaching vem se consagrando como a melhor metodologia para ganhos de performance profissional e organizacional.
Com origem inglesa, o processo normalmente tem duração de aproximadamente seis meses e entre 10 e 12 encontros, proporcionando o desenvolvimento e aprimoramento comportamental ou o alcance de objetivos (situação atual x situação desejada).
O coaching obtém excelentes resultados quando utilizado por um profissional de TI para o planejamento de sua carreira, onde possa pensar e organizar seus próximos passos com um olhar de curto, médio e longo prazo, inclusive estruturando a construção de uma carreira em “Y”, para quando a sua empregabilidade baixar.
O trabalho também proporciona excelentes resultados para um profundo autoconhecimento, identificando suas potencialidades e fragilidades, e fornecendo ferramentas de vanguarda para o alinhamento do perfil. O coaching ainda pode ser muito útil para os empreendedores de TI, tanto para o momento do “startup”, como para aprimoramento da gestão ou alavancagem do negócio.
O segredo de ser bem sucedido no seu processo de coaching está na escolha do profissional certo. Mais do que formação, embora essa seja pré-requisito, procure um Coach com ampla e comprovada experiência e com resultados efetivos na área que você pretende desenvolver.
Existem Coaches especialistas em carreira, outros em desenvolvimento de competências e ainda os que possuem boas horas de voo em coaching para startup e gestão de negócios. Peça indicações e, preferencialmente, busque referências com os clientes que ele já atendeu.
Um excelente Coach pode conduzí-lo a uma extratordinária performance profissional ou empreendedora. Já, um Coach despreparado, além de jogar fora o recurso investido, fará você ficar com uma aversão ao método. Se você é profissional de TI, arrisco afirmar que você precisa urgente de um Coach. Mas tenha a cautela necessária para acertar na escolha. Desejo sucesso nessa empreitada!
*Marcus Ronsoni é Co-fundador e Diretor Geral da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (SBDC) e Coach de Empreendedorismo e Transição de Carreira da Produtive Outplacement e Planejamento de Carreira.
Fonte: http://www.baguete.com.br
Marcus Ronsoni // quarta, 04/09/2013 12:05