Quando se fala em coaching de executivos, podemos afirmar que existem três abordagens distintas em processos de coaching: a de sustentação; a incremental; e a disruptiva. Cada uma com suas características próprias, suas fases, ciclos, indicações e contra-indicações.
A abordagem de SUSTENTAÇÃO se aplica para profissionais que normalmente entregam bons resultados porém, estão passando por um momento de forte pressão emocional, originado pelo momento que passa a organização ou por problemas pessoais. Para esses a ênfase é na empatia e no rapport.
A abordagem INCREMENTAL é aplicada quando o profissional necessita desenvolver ou aprimorar competências para atender as exigências da função e/ou as expectativas da organização. Normalmente requerida para o desenvolvimento de talentos ou para profissionais recém promovidos. Para esses a ênfase é em nutrir com ferramentas, técnicas e desenvolvimento de habilidades.
Já a abordagem DISRUPTIVA é a da reinvenção. Se você tem lido revistas sobre gestão nos últimos meses muito provavelmente já se deparou com essas expressões tratando sobre inovação. O termo DISRUPTIVO nunca foi tão mencionado no meio empresarial como agora. Embora a expressão Inovação Disruptiva exista a décadas e tenha ganho espaço com a publicação do artigo de 1995, “Disruptive Technologies: Catching the Wave”, escrito por Clayton M. Christensen em co-autoria com Joseph Bower, nos últimos meses ela tem sido tema de palestras e congressos ao redor do mundo e citada em diversos artigos em revistas especializadas. Ao contrário da abordagem incremental, essa abordagem é requerida quando se tem um professional que está com sérios problemas de entrega, de postura, de senioridade e/ou de falta de atitude. Além disso, é utilizada em planejamento de carreira quando o executive pensa em uma transição para outra área ou para uma carreira empreendedora. É uma abordagem que tem por princípio intervenções no mindset (modelo mental). Para essa abordagem a ênfase é no alinhamento de percepção, no autoconhecimento e na construção dos novos paradigmas.
Entender qual das três abordagens deve ser utilizada é fundamental para o planejamento das sessões de coaching pois, interfere na forma, no conteúdo e nas ferramentas utilizadas pelo Coach. Ter uma abordagem universal, aplicável a qualquer necessidade em executive coaching pode ser desastroso.
Por Marcus Ronsoni em 21/12/2015