O significado da expressão “pessoa de confiança” para organizações foi mudando ao longo dos tempos. Ser uma pessoa de confiança sempre foi sinônimo de um “braço direito” e, neste sentido, permanece constante até hoje. Todavia, durante a Primeira e a Segunda Revolução Industrial, uma pessoa de confiança era aquela que fazia exatamente o que era solicitado sem questionar. Ser uma pessoa de confiança era ser uma pessoa servil.
Com o advento da Terceira Revolução Industrial, o significado de pessoa de confiança mudou de servil para comprometido. Uma pessoa de confiança passou a ser aquela que se compromete com a organização, com as suas lideranças e com a suas causas. Nesse contexto, era a pessoa engajada, que vestia a camiseta e que se fosse demandada estava pronta e disponível.
Agora, diante da Quarta e maior Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Digital, para manter o posto de “braço direito” e ser uma pessoa de confiança não basta mais ser comprometido e engajado. Não que isso não seja importante, mas não é o suficiente. Agora é necessário ser uma pessoa que deixe legado.
Não é por acaso que fala-se tanto em protagonista organizacional. Não é apenas mais um um chavão. Fala-se nisso porque as organizações estão precisando confiar em pessoas que as ajudem a enfrentar os desafios que este momento volátil, incerto, complexo e ambíguo está exigindo.
Ser um uma pessoa de confiança, um braço direito, sendo um protagonista organizacional, exige que o profissional esteja disposto a propor melhorias, resolver problemas, esteja atento e atualizado com as tendências, trabalhe para diminuir suas resistências ao novo, disposto a melhorar suas habilidades relacionais e de liderança, seja adaptável e trabalhe alinhado ao propósito e a estratégia do negócio.