Entenda como a Teoria das Inteligências Múltiplas pode otimizar seu aprendizado, desenvolver sua criatividade e possibilitar a inovação
Como assimilar e utilizar o conhecimento? Durante muitas décadas (para não dizer séculos) a medição dessa assimilação era feita pela ótica lógica-matemática. Para isso, o psicólogo francês Alfred Binet criou o teste de QI (quociente de inteligência) no começo do século XX, bastante pautado no raciocínio matemático.
O QI, dessa forma, presumia que o aprendizado dos símbolos e raciocínios matemáticos envolve maior dificuldade do que o de palavras. Binet acreditava que seria um bom parâmetro para perceber alunos mais e menos inteligentes.
Até que surge Howard Gardner. Juntando as conclusões de outros trabalhos sobre as diferentes formas de inteligência, até mesmo para diferentes culturas, o psicólogo cognitivo e educacional revela discordâncias com a abordagem de Binet.
Para Gardner, a inteligência é o potencial para resolver problemas e para criar aquilo que é valorizado em determinado contexto social e histórico.
A onipotência da inteligência lógico-matemática, então, cai por terra.
Através de estudos empíricos, Howard Gardner percebeu a existência de 8 tipos de inteligência.
Cada uma possui o seu jeito de absorver e produzir conhecimento. Além disso, o psicólogo frisou que nós não possuímos só um ou dois tipos delas.
Podemos dizer, portanto, que os diferentes tipos requerem métodos para que o indivíduo que as possui compreenda e utilize o conhecimento de forma eficiente.
São elas, junto com os recursos que as otimizam:
Recursos: jogos de palavras, rodas de conversa, debates e leituras prévias
Recursos: estudos de caso, problemas matemáticos e raciocínio lógico
Recursos: mapas, fotografias, slides, vídeos
Recurso: músicas
Recursos: dinâmicas de grupo, mímica e gamificação
Recursos: aulas ao ar livre e campanhas de ajuda ambiental
Recursos: painéis, simulações, reflexões
Recursos: contar histórias e compartilhar experiências
Conhecendo seus estilos de inteligência, você consegue usar o seu potencial ao máximo, optando por atividades que o estimulem de fato a aprender. Atividades que, ao final, vão te dar o sentimento de ter absorvido algo novo e útil.
E nada melhor que isso para desenvolver a criatividade.
Afinal, saber os melhores meios para você aprender lhe ajuda a ter mais informações em mente. Sendo assim, você consegue fazer conexões muito mais facilmente entre os assuntos: é a chamada aprendizagem heurística.
A aprendizagem heurística é a catalisadora da criatividade e da inovação nas suas formas mais puras. A própria expressão pode ser descrita como a arte de descobrir e inventar ou resolver problemas mediante a experiência (própria ou observada), somada à criatividade e ao pensamento lateral ou divergente.
A resolução de problemas e a criação de ideias inovadoras ficam, então, potencializadas.
Sendo assim, o autoconhecimento permite acessarmos nosso potencial pleno. Saber as melhores formas que você capta e digere as informações garante resoluções de problemas com mais possibilidades e ferramentas em mente, fazendo conexões estratégicas.
A Teoria das Inteligências Múltiplas entra, então, como uma forma de autoconhecimento que leva a melhorias na criatividade e no pensamento estratégico.
A inovação agradece!