As ferramentas utilizadas em processos de coaching e em processos de mentoring podem até ser as mesmas. Porém, há uma grande diferença na abordagem.
O coaching tem tido melhores resultados para o desenvolvimento de competências, sobretudo o executive coaching. Enquanto que a mentoria é indicada no apoio à alta gestão, modelagem de negócios, empreendedorismo e assuntos que requerem um especialista.
No processo de coaching, a abordagem é exclusiva no desenvolvimento do coachee, pois se desconsidera a senioridade do coach com a temática em foco. O profissional faz uso de perguntas, técnicas e as ferramentas como meio para a navegação entre a dialética e a hermenêutica.
Na mentoria, o mentor é uma pessoa diferenciada, reconhecida por sua experiência, com uma bagagem que lhe permite orientar. No entanto, o mentor deve ter a legítima preocupação de dar norte sem aconselhar, em prol do desenvolvimento do seu mentorado, possibilitando que ele aprenda a tomar suas próprias decisões e amadureça.
Sendo assim, o mentor, ao utilizar as ferramentas e técnicas, terá, vez que outra, uma abordagem que orientadora, que revela o seu olhar sobre as coisas, a sua vivência, nutrindo o seu mentorado para que ele possa aprender com os seus acertos e com os seus erros, tendo uma legítima e eficaz experiência vicária.
O mentor, hora se comporta como coach, preferindo não dar as repostas, para que seu mentorado se retorça em sua própria escuridão, na busca por suas respostas. Em outros momentos, ele iluminará os caminhos possíveis, pois já conhece, uma vez que os percorreu. Sempre sem decidir pelo mentorado e sem perder o objetivo da formação, tal como um pai que deseja educar um filho para a vida.
Por outro lado, fará com leveza, trazendo elementos como um professor que apresenta um conteúdo para que o aluno tenha a compreensão necessária e saiba resolver os exercícios reais, na sua vida e do seu jeito.
Leia mais: Mentoring – Entenda o Programa Interno de Mentoria Organizacional.