Um programa de mentoria reversa permite aproveitar o talento dos jovens colaboradores, aprimorando o conhecimento da empresa e aculturando mais rapidamente os principais gestores, essenciais para uma transformação bem-sucedida.
Esses dois benefícios principais são apenas a ponta da mentoria reversa. Nosso objetivo é ajudar você a tirar o máximo proveito de seus programas de mentoria!
Veja 5 motivos para implantar um programa de mentoria reversa:
Um dos primeiros passos na transformação digital é – mesmo antes da criação de pares de mentores e mentorados – o treinamento de mentores. Os jovens colaboradores da organização geralmente têm o digital em suas mãos, graças às ferramentas e serviços que utilizam diariamente. Mas nem sempre o seu conhecimento é estruturado.
Para que eles sejam bons mentores, precisam aprender a transmitir o histórico das diferentes práticas. Bem como o entendimento e o usos de um pool de ferramentas de vanguarda e próprias.
Além disso, precisam entender a mentoria reversa e o contexto no qual ela será utilizada. Isso é fundamental para que o resultado atinja os objetivos esperados.
Participar de um programa de mentoria reversa permite a um profissional júnior que, além de adquirir um melhor conhecimento sobre a organização, aprimore suas competências de relacionamento interpessoal, profissionalize a abordagem digital e desenvolva a capacidade de liderança.
Na formação em mentoria reversa, irá aprender uma abordagem que lhe ajudará no desenvolvimento e integração quando estiver atuando como líder de equipe ou projetos.
Enquanto espera que os gatinhos venham e expliquem como conquistaram a Internet, aposte em seus jovens colaboradores.
A chave para qualquer projeto de transformação e aculturação digital é o compromisso da alta gerência. Os líderes definem as direções que a empresa toma! Portanto, é essencial que eles entendam os problemas que enfrentam hoje e os que virão amanhã.
Transformação digital está muito distante de simplesmente digitalizar o negócio. Transformação digital requer uma revisão profunda do modelo de negócios e principalmente do mindset. Um negócio digitalizado conduzido por um mindset analógico não é diferente de qualquer negócio não digital.
Uma transformação digital diz respeito ao que todos devem aprender a lidar na organização, desde o seu propósito – que talvez necessite ser revisitado – até a maneira de atender aos clientes.
Assim, se os gerentes e executivos não entenderem a importância dessas mudanças, eles irão negligenciar a transformação e a aculturação digital. E a empresa corre o risco de não estruturar esses projetos.
Para que os funcionários, em todos os níveis, tomem mais iniciativa e se tornem realmente protagonistas da inovação, três elementos são essenciais: habilidades pessoais, habilidades físicas e o apoio de sua hierarquia.
Assim, se os jovens colaboradores já tiverem hard skills, tornar-se um mentor lhes permitirá desenvolver soft skills. O que lhes dará mais confiança e legitimidade dentro da organização. Além de munir os jovens mentores de ferramentas para transmitir ideias complexas e habilidades de convencimento.
Na mentoria reversa com os principais gerentes e executivos as habilidades digitais são desenvolvidas e, com elas, a compreensão dos desafios da inovação. Dessa forma, eles apoiam mais facilmente as ideias dos funcionários e, provavelmente, irão criar estruturas para apoiá-los.
Ao criar pares entre mentores e mentorados, a mentoria reversa cria pontes mais amplas entre colaboradores juniores e altos executivos da empresa, facilitando a empatia de todos.
Os principais gerentes e executivos estão se tornando mais acessíveis e começando a usar ferramentas que promovem trocas mais diretas e transparentes.
Transformação digital também significa diminuição da hierarquia.
Ao mesmo tempo, os jovens mentores reforçam a rede que eles constituem: ao serem treinados para orientar, encontram assuntos profissionais comuns, apesar das diferenças de estágios profissionais.
Como resultado, as conversas vão além dos silos de negócios e das separações hierárquicas, promovendo o compartilhamento de informações e conhecimentos em toda a empresa.
Essa proximidade também proporciona que os executivos entendam melhor o que acontece na base.
Ao criar vínculos diretos entre os jovens colaboradores e os principais gestores da organização, os programas de mentoria reversa podem dar aos gestores de nível intermediário a impressão de que são ignorados. No entanto, ao serem integrados aos programas assumem um papel fundamental, de facilitadores.
Assim, se tornam indispensáveis para o bom andamento dos programas e para que a potencial reinvenção realize a sua mudança de postura dentro da empresa.
Fonte: Jean-Noel Chaintreuil colunista no [jnchaintreuil.com] e no @jnchaintreuil sobre os temas de empreendedorismo, intraempreendedorismo, recursos humanos, startups e os impactos do digital.
Tradução e adaptação: Marcus Ronsoni.