Os líderes esperam influenciar o modo como as pessoas pensam e se comportam no trabalho, mas podem se sentir despreparados para compreender e lidar ativamente com a maneira como elas se sentem e expressam suas emoções nesse ambiente. Há alguns anos, escrevi um artigo cujo o título retrata bem o que desejo apresentar nesse momento: “Liderar é Gerenciar Sentimentos”.
O ser humano pensa que pensa. Somos seres emocionais. No fundo, é o seu estado emocional que determina como você pensa ou age.
Uma pessoa que está afetada por uma emoção negativa em relação a organização onde trabalha, por exemplo, independente da origem desse sentimento, tende a ter pensamentos desmotivadores que minam a sua dedicação e engajamento e, por consequência, desmobilizam sua performance profissional.
Por mais que alguns executivos ainda acreditem que sua empresa é desprovida de emoção, toda organização possui a cultura da emoção, mesmo que seja velada. Quando a cultura permite a expressão desse sentimento é mais fácil compreendê-lo e manejá-lo de modo consciente e com transparência, lavando eventuais “roupas sujas” e colocando as coisas em “pratos limpos”.
A gestão dos sentimentos dos seus liderados não é pelo que se diz, mas por como se diz. Para que um líder consiga dizer da forma correta, ele precisa, primeiramente, aprender a gerir seus próprios sentimentos, atingindo um grau de maturidade que permita esse controle. Um controle que o permita ouvir atentamente. Que o possibilite deixar de ser uma pessoa egocêntrica, para que chegue ao ponto de conhecer cada um dos seus liderados. Que se torne uma pessoa que consegue ser tencionada com resiliência.
Só então esse líder estará apto à gestão dos sentimentos pela palavra e pelo exemplo. Ser líder é um caminho para os que desejam evoluir como seres humanos.
Por Marcus Ronsoni