Emoções básicas, como medo, raiva, vontade, controle e sensibilidade, em diferentes doses e combinadas, resultam nos diversos comportamentos e temperamentos. O jeito de ser pode levar a pessoa ao sofrimento, à apatia, aos vícios, à exposição aos riscos ou a uma vida saudável e ao sucesso.
O Grupo de Pesquisa Bases Neurobiológicas e Tratamento de Transtornos Neuropsiquiátricos, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS, liderado pelo psiquiatra e professor Diogo Lara, realiza uma pesquisa pela internet que traça um mapa dos temperamentos.
Os dados a seguir foram compilados com base nas respostas de 37 mil pessoas, destas, 70% mulheres.
A partir das respostas aos questionários, pode-se concluir que 18% dos brasileiros são obsessivos. O comportamento tido como mais estável, previsível e com bom humor (eutímico) apareceu como dominante em 16%. Os hipertímicos (mais arrojados e com menos medo) somam 15%, a maioria homens (18%, ante 12% de mulheres). Os mais instáveis estão presentes em 30% (ciclotímicos, disfóricos e voláteis). Os depressivos, ansiosos e apáticos são menos de 15%.
Para Diogo Lara, na Psiquiatria em geral se vê a saúde mental como ausência de doença, enquanto ele acredita na possibilidade de aprimorar o temperamento inclusive para prevenir futuros transtornos psiquiátricos.
A escala permite, sob uma ótica global, identificar perfis de pessoas muito diferentes ao mesmo tempo. “Procuramos fazer uma escala mais completa, que abrange as emoções de forma detalhada e simples, acessível à população em geral e a psiquiatras, ajudando a orientar tratamentos”.
Os objetivos da pesquisa são consolidar e validar a escala de temperamento, feita pelo grupo da PUCRS a partir de outros modelos, e abrir a possibilidade de seu uso nos consultórios.
O foco do projeto é o funcionamento da mente. Pretende-se saber de que forma o temperamento de um indivíduo, com base em seu comportamento cotidiano, influência nos seus transtornos existentes ou potenciais.
(As informações são da Revista PUCRS).
Os temperamentos, que são as emoções básicas que movem o ser humano, podem dividir-se em:
Obsessivo: Rígido, organizado, perfeccionista, exigente, lida mal com erros e dúvidas.
Eutímico: Estável, previsível, equilibrado, com boa disposição e, em geral, se sente bem consigo mesmo.
Hipertímico: Sempre de bom humor, confiante, adora novidades, vai atrás do que quer até conquistar e tem forte tendência à liderança.
Ciclotímico: Humor imprevisível e instável (altos e baixos), muda rapidamente ou de maneira desproporcional aos fatos.
Disfórico: Tende a ficar tenso, ansioso, irritado e agitado ao mesmo tempo.
Volátil: Dispersivo, inquieto, desligado e desorganizado; precipitado, muda de interesse rapidamente; tem dificuldade em concluir tarefas.
Depressivo: Com tendência à tristeza e à melancolia, vê pouca graça nas coisas, tende a se desvalorizar, não gosta de mudanças e prefere ouvir a falar.
Ansioso: Preocupado, cuidadoso, inseguro, apreensivo e não se arrisca.
Apático: Lento, desligado, desatento, não conclui o que começa.
Irritável: Sincero, direto, irritado, explosivo e desconfiado.
Desinibido: Inquieto, espontâneo, distraído, deixa as coisas para a última hora.
Eufórico: Expansivo, falante, impulsivo, exagerado, intenso, não gosta de regras e rotinas.
Destacamos que esses conhecimentos devem ser usados por psicólogos e psiquiatras forenses, policiais, educadores, especialistas em RH para tratar e/ou definir pessoas com problemas emocionais diversos, ajudando-as a descobrirem-se e prevendo reações boas ou ruins de pessoas, evitando crimes e desvendando soluções práticas de tratamento psiquiátricos e psicológicos. Em RH esses conhecimentos tornam-se essenciais para recrutamento, por exemplo.
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